quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Café Paris, Baudelaire & Muna Omran: " - Ah! Bienal..."


Às vésperas do segundo sábado de Bienal - com lançamento de livro sobre a roda literária do Café Paris - lembremos a poesia romântica de Baudelaire, na pena de Muna Omran:



Folha de rosto de um exemplar de As flores do mal, de Baudelaire,
edição definitiva publicada um ano após a morte do poeta (1868),
 acervo da biblioteca pessoal de Roberto Kahlmeyer-Mertens


As flores do mal - Um delirante encontro parisiense


                                                                                                                                        Muna Omran

Após um dia de intensa leitura,
saio da Bibliothèque Nationale de France
e chego às margens do Sena.
Lá, sinto o cheiro de Baudelaire,
cheiro das flores do mal.
Sou marginal,
no jogo matinal,
caminho contra a multidão,
no Boulevard Saint German,
em busca do poeta francês.


Nos jardins de Luxemburgo,
Calmamente, o vejo
Contemplar o verde.
E respirar os ares parisienses
Sem um mínimo de pudor.


Oh! Verdes cabelos misturados à paisagem de Luxemburgo.
Repentinamente, some.
vou atrás,
em direção a Bois de Bologne
e vejo suas sifilíticas e raquíticas prostitutas.
Baudelaire por elas é atraído
e por elas foi traído.


Some meu poeta marginal,
agora, atravesso a Saint German
e entro na Saint Michel.
De novo a multidão.
A fonte,
os cafés,
a Sorbonne,
corro em direção ao Opera,
e de repente me vejo na “Boule” de Montparnasse.


Sigo o cheiro das flores do bem,
lembro das palavras que acabo de ler.
Quero encontrar meu poeta francês.


Como um animal,
sinto o forte cheiro de Baudelaire,
e atrás dele,
entro por um grande portão.
Vejo lápides,
olhares fúnebres,
todos lúgubres.
Entre eles,
mais um poeta torto,
o “gauche” das flores do mal.






Divulgação Cultural
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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Instituições literárias de Niterói festejam o novo número de “Literato” na sede da Academia Fluminense de Letras.



Novo número de Literato, lançado no dia 06 de setembro de 2011.

O Literato – Jornal das letras de Niterói divulga o trabalho das principais instituições de letras da Cidade. Oferecido pela Secretaria Municipal de Cultura em associação à Fundação de Arte de Niterói (e com o apoio da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro), instituições como a Academia Fluminense de Letras, a Academia Niteroiense de Letras, o Cenáculo Fluminense de História e Letras, o Grupo Mônaco de Cultura e o Centro Cultural Maria Sabina (entre outras) se valem deste veículo para publicar sua produção intelectual, divulgar e noticiar seus eventos. Assim sendo, trimestralmente, as Instituições literárias dispõem de uma página para mostrar o que possuem de melhor.
Em cada novo número de Literato, com o intuito de reforçar os laços entre instituições, órgãos públicos e a sociedade, o jornal é lançado em um evento no qual os presidentes instituições, editores, redatores, colaboradores e, principalmente, leitores se reúnem em congraçamento. A postagem do Literatura-Vivência de hoje é o registro do número 06 (ano II, setembro 2011) do assim chamado “Jornal das Letras de Niterói”, que teve lugar na sede da Academia Fluminense de Letras, atuante na recém-reformada Biblioteca Pública de Niterói:


Fachada da Biblioteca Pública de Niterói - BPN, uma das referências da cultura da Cidade


Vista interna da BPN.

Placa em que se confere à Academia Fluminense de Letras sede no espaço da Biblioteca (Foto de O Fluminense)

O Presidente da Academia Fluminense de Letras, Dr. Edmo Rodrigues Lutterbach,
faz as honras da casa aos convidados que chegam.

Adriana Machado, representante da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro,
assina o livro de presenças.

Roberto S. Kahlmeyer-Mertens com o Presidente Edmo Lutterbach
e Diretora da Biblioteca Pública de Niterói Glória Blauth

Novamente Kahlmeyer-Mertens, Lutterbach e Blauth

A chegada de Walmir Ventura Rêgo
(ao fundo, a acessora da I.O.-RJ, Adriana Machado; Edmo Lutterbach ao lado).

Neide Barros Rêgo, Walmir Ventura e Edmo Lutterbach.

Neide Barros Rêgo assina o livro de presença e o casal de acadêmicos Gilson Rangel Rolim e Edel Costa  (representantes respectivos da Academia Niteroiense de Letras - ANL e da Associação Niteroiense de Escritores - ANE ) aguardam para também subscrever.

A jornalista Aparecida Rollemberg,
representando a Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação de Artes de Niterói.

Aparecida Rollemberg registrando sua presença.

 Vitral decorativo com motivo literário no salão da
Academia Fluminense de Letras.




Representantes das diversas Instituições literárias
e dos demais órgãos envolvidos na publicação de Literato.

Julio Vanni, Aparecido Rollemberg, Edmo Lutterbach, Carlos Mônaco e Neide Barros Rêgo
Alguns dos representantes das instituições literárias que integram o Jornal.

Parte da assistência do evento: pequena mas seleta.

A descontração após a formalidade.


Entre os presente, o detaque para Graça Eliana Thuler, presidente do Clube de Esperanto de Niterói e Juber Baesso, representando a Academia de Letras da Região Oceânica de Niterói - ALRON.

Da esquerda para a direita: Carlos Mônaco. Julio Cezar Vanni e Edmo R. Lutterbach
(homens que trabalham pela cultura de Niterói).

Ao fundo: Gilson Rangel Rolim e Marco Aurélio Faria; em primeiro plano, Edel Costa, a professora Dionilce Silva de Faria. Neide Barros Rêgo (de costas).


O debate de Julio Vanni com Marco Aurélio Faria.

O presidente da Academia Fluminense de Letras, Edmo Rodrigues Lutterbach e o presidente do Cenáculo Fluminense de História e Letras, Julio Cezar Vanni: colóquio de fim de festa.


Dois retratos do contentamento de Carlos Silvestre Mônaco


O afável Julio Cezar Vanni aprecia o novo número de Literato.


Imagem noturna da fachada da  BPN, sede da AFL.



Luís Antônio Pimentel, Bienal 2011.
(assita o vídeo):




Fotos da homenagem à Pimentel na Bienal 2011.



Divulgação Cultural
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domingo, 4 de setembro de 2011

Poesias de um "poetinha diletante"

Vale aqui tudo aquilo que eu falei sobre poetas e cangalhas na postagem de 2 de julho:



Poesias de Tempo e caminho,
por Roberto S. Kahlmeyer-Mertens


A Gracinda Rosa
Luiz Antônio Barros
Geraldo Freitas Caldas
Wanderlino Teixeira Leite Netto


Na aurora,
logo que descoberta a graça,
esculpiu-se a mulher
cujo seio terno
soube acolher o tempo.
Referência e signo
de um poder ser possível
na penumbra imemorial.


Eu queria um verbo
capaz de reunir o acaso que sou,
ao vale em que moro;
ao sentido do outro com quem vou.
Um verbo com meu semblante
redimindo cismas;
as máculas que se sofreu.
E que me fizesse entender doravante.


No mais quieto do espírito,
ali onde se esqueceu do como se é,
rumina o tempo transformações.
Sem que saibamos;
sem que ousemos saber;
sem que saibamos ser.
O tempo faz e deixa
que nos reunamos com o sagrado.

KAHLMEYER-MERTENS, R. S. Tempo e caminho.
Rio de Janeiro: Publit, 2006. pp. 16, 44, 46.



Vidas pequenas,
viço do princípio:
luz, solo; verbo.
Serenidade
Soa-me familiar,
Silente vésper.

A senda grata
ao orvalho da noite.
Novo verdor?

KAHLMEYER-MERTENS, R. S. In: Roteiro da poesia brasileira – Anos 2000.
(Org. Marco Lucchesi). Rio de Janeiro: Global, 2009. p. 159.






Divulgação Cultural
(Clique na imagem para ampliar)

Convidamos a todos para o lançamento de
Literato – O Jornal das Letras de Niterói –
do Número 06 Ano II - Setembro 2011, que será distribuído gratuitamente,
no auditório da Academia Fluminense de Letras,
prédio da Biblioteca Pública de Niterói, Praça da República s/n - Centro,
na próxima terça-feira, dia 06/09, 16h.